quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Comunidades Quilombolas e Pesqueiras realizam Feira Agroecológica e Cultural em Salvador

 Por Monique Reis


Comunidades Quilombolas e Pesqueiras do Recôncavo Baiano e Região Metropolitana de Salvador, em parceria Conselho Pastoral dos Pescadores | Regional Bahia e Sergipe (CPP BA-SE) realizam no próximo sábado, 06 de novembro, das 09h às 17h na Praça Terreiro de Jesus no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, a “Feira Agroecológica e Cultural Riquezas do Quilombo”.

Marcando o início das atividades do CPP BA-SE no mês da Consciência Negra, o evento traz a expectativa da construção de um espaço de trocas, saberes, resgate e valorização da identidade alimentar das comunidades tradicionais, baseada em práticas produtivas agroecológicas com foco na sustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental. Além de hortaliças, legumes, raízes e outros produtos orgânicos também haverá artesanatos desenvolvidos por quilombolas, pescadoras e pescadores de diversas regiões da Bahia.

Estarão presentes representantes dos Quilombos Zumbi, Guerém, Porto da Pedra, Giral Grande, além das comunidades de São Brás, Acupe de Santo Amaro, Salaminas, Rosário/Sinunga, Santiago do Iguape, Cambuta, Porto dos Cavalos – Ilha de Maré e Leblon – Massaranduba. A feira é fruto de um projeto de hortas agroecológicas orgânicas e quintais produtivos realizado pela CPP BA-SE e que teve o intuito de promover o desenvolvimento econômico e a segurança alimentar destas comunidades.


SERVIÇO

Feira Agroecológica e Cultural Riquezas do Quilombo

Onde: Terreiro de Jesus | Pelourinho (Salvador-BA)

Quando: sábado, 06/11 das 9h às 17h



quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Ato em Defesa do Rio e da Pesca Artesanal Marcou o Início das Atividades da Semana do São Francisco

Por Monique Reis

Foto: acervo CPP BA-SE

Na última sexta-feira (1°), aconteceu na feira de Poço Redondo (SE) o “Ato em Defesa do Rio São Francisco e da Pesca Artesanal”. A atividade teve como objetivos: visibilizar os impactos socioambientais que a região do Baixo São Francisco vem sofrendo; denunciar a vazão desordenada causada pela CHESF, assim como a exploração de petróleo na foz do Rio São Francisco; e orientar a comunidade pesqueira sobre o novo recadastramento do RGP (Registro Geral da Pesca), suas exigências e impactos.

 

O ato reuniu Pescadoras e Pescadores Artesanais e lideranças comunitárias dos municípios de Poço Redondo (SE), Porto da Folha (SE), Olho D’água do Casado (AL) e Litoral Sergipano, durante o ato Pescadores denunciaram a vazão desordenada da CHESF, que tem causado assoreamento do rio, escassez e alterações na reprodução do pescado, avanço do mar e salinização das águas, desaparecimento das lagoas marginais, entre tantos outros impactos. Relataram ainda que nos últimos meses, a alteração frequente da vazão também tem causado diversos danos materiais ao povo ribeirinho.


Foto: acervo CPP BA-SE

Quitéria Gomes, Agente da CPP BA-SE integrante da equipe Baixo São Francisco ressalta a importância da realização de uma ação como essa. “Esse ato foi muito importante, porque deu visibilidade às questões relacionadas ao São Francisco e a Pesca Artesanal. A questão do Petróleo na foz do São Francisco, por exemplo, quando falávamos sobre isso as pessoas tomavam como surpresa, não sabiam da chegada desse grande projeto e muito menos do impacto dele para a nossa região”, afirma.


Foto: acervo CPP BA-SE

Enquanto Agentes do CPP, Pescadoras e Pescadores Artesanais, quilombolas e lideranças de comunidades alertavam a população sobre a importância de defender o Velho Chico, o trio Tome Xote composto por artistas locais animou o ato. A ação integra a Semana do São Francisco e foi realizada pelo CPP BA-SE, equipe Baixo São Francisco em parceria com o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais e Movimento das Marisqueiras de Sergipe.


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Assembléia do CPP Regional Bahia


Seminário sobre a Proliferação do Sururu

O Conselho Pastoral dos Pescadores a partir de uma demanda das comunidades pesqueiras de Santo Amaro, em parceria com com a Faculdade de Biologia da UFBA, fez um levantamento sobre a proliferação do Sururu, em algumas comunidades do Recôncavo e Ilha de Maré.
Tacila Kaila, estudante de Engenharia de Pesca na UFPE, estagiando no CPP, apresentou o resultado das entrevistas aplicadas com pescadores e pescadoras que trouxeram relatos diversos. Taiane Lopes, estudante de Biologia da UFBA, orientanda do professor Miguel Accioly, também apresentou as principais áreas identificadas com a proliferação e algumas considerações sobre a biologia e a contaminação na região.
A espécie foi caracterizada , o ambiente em que se encontra, as mudanças trazidas na vida das comunidade pesqueira, as possíveis causas da proliferação, e os impactos no meio ambiente e na vida humana. O resultado da observação feita pelas comunidades pesqueiras em diálogo com a pesquisa feita pelas universidades , provocou reflexões e muitas inquietações em torno da questão, que ainda não está totalmente respondida. 

O Seminário promoveu muitas trocas de informações, entre as comunidades presentes, Universidades e a Pastoral. Dentre as comunidades presentes estavam as Comunidades Quilombolas Cambuta, Acupe, São Brás -Santo Amaro, Dom João-São Francisco do Conde Guaí-Maragogipe.  Também tivemos a presença dos Professores e Pesquisadores: Miguel Accioly -UFBA, Franzé Souto-UEFS e Rafael But-UNILAB.
Definiu-se como perspectiva a convocação feita pelas comunidades da articulação Subaé, de uma audiência pública com os órgãos competentes.


quinta-feira, 4 de maio de 2017

Educação Popular e Metodologia do Trabalho Pastoral: A Equipe CPP do litoral da Bahia dar início a jornada de formação sobre Educação Popular


A equipe do CPP Bahia Litoral iniciou nesse 04 de abril, uma jornada de debates que visa refletir sobre a Educação Popular. Nesses encontros serão estudados textos de teóricos e pesquisadores que se debruçam sobre a Educação Popular em diversas expressões, espaços e tempos. Paulo Freire será o ponto de partida e impulsionador para outros olhares. Para esse exercício foi convidado um velho companheiro de luta, o José Edemilson Pereira dos Anjos, teólogo, pedagogo, mestre e doutorando em Educação, para assessorar a equipe nesse importante momento suscitado por ocasião dos 50 anos do Conselho Pastoral dos Pescadores no Brasil. 
No dia 10/04, o professor Edemilson, nos propôs a leitura e reflexão sobre o artigo de STRECK, Danilo. "Entre emancipação e regulação: (des)encontros entre educação popular e movimentos sociais" No dia  19/05/17 a proposta é de continuarmos esse momento introdutório com STRECK, D. "Da pedagogia do oprimido às pedagogias da exclusão: um breve balanço crítico" e acrescentarmos mais um autor, que será Giovanni Semerado - Da libertação à hegemonia: Freire e Gramsci no processo de democratização do Brasil."

Sobre a importância de Paulo Freire como um referencial, o professo Edemilson explica:

"A obra de Paulo Freire representa uma contribuição valiosa para o pensamento educacional em geral e para a prática da educação popular em particular. Sua concepção de educação como prática de liberdade inspirou inúmeras formas de luta contra a opressão no Brasil e no mundo. E, ainda hoje, a sua obra continua sendo lida, de maneira contextualizada, por educadores e educadoras que buscam atualizar a sua mensagem de esperança e compromisso com a pessoa humana, com cultura popular, com a democracia."

Para os Agentes do CPP Litoral, 
"Nesse contexto de retrocesso de direitos que vive nosso país, ao mesmo tempo que se aproxima a celebração dos 50 anos de serviço do CPP junto aos Povos das Águas, as Equipes do CPP Baixo Sul e Baía de Todos os Santos estão se propondo a revisitar os princípios teóricos e metodológicos da Educação Popular, visando o fortalecimento e aprimoramento do nosso fazer/ serviço/ missão junto às comunidades tradicionais pesqueiras. Acreditamos que esse processo de formação política contribuirá para o fortalecimento da luta por uma Terra/Água Sem Males e pelo Bem Viver. Também se faz necessário essa preparação, para que a renovação do nosso compromisso missionário, junto às populações excluídas, ocorra dentro de uma mística de esperança e fé, e profunda consciência critico-politica."

Nossa busca está em constantemente qualificar nosso serviço pastoral junto às comunidades tradicionais pesqueiras.