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terça-feira, 23 de maio de 2023

Técnicas de aromaterapia, automassagem e dança são aprendidas por jovens e mulheres da comunidade quilombola de Acupe, em Santo Amaro-BA

Hoje, jovens e mulheres da comunidade quilombola de Acupe, em Santo Amaro - BA, vivenciaram e aprenderam técnicas de aromaterapia integrativa, automassagem e exercitaram passos de dança com a terapeuta Candai Calmon. A ação faz parte de um conjunto de atividades que vêm sendo promovidas e realizadas pelo Conselho Pastoral dos Pescadores, regional Bahia e Sergipe (CPP-BA/SE).

Foto: Acervo da comunidade de Acupe, Santo Amaro-BA.
As trabalhadoras da pesca artesanal e de mariscagem queixam-se de não conseguirem atendimento adequado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde em municípios localizados no Recôncavo da Bahia, sobretudo quando buscam o esse tipo de serviço público para prevenir e tratar lesões por esforços repetitivos (LER) e outros tipos de doenças do trabalho.

Para o CPP-BA/SE, a “Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integrativa e de Autocuidado com mulheres pescadoras e quilombolas” surge para “fortalecer e valorizar os conhecimentos tradicionais em saúde presente nas comunidades pesqueiras e quilombolas; formar Mulheres pescadoras e quilombolas em saúde tradicional e integrativa, a fim de garantir espaços de autocuidado e cuidado coletivo nas comunidades; aumentar a compreensão sobre o SUS, suas políticas e formas de participação e pressão, a fim de garantir acesso às comunidades; aprofundar sobre a saúde ocupacional das pescadoras nas suas variadas dimensões”.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) define que "as medicinas tradicionais, complementares e integrativas (MTCI) constituem importante modelo de cuidado à saúde, sendo em muitos países a principal oferta de serviços à população”. Mas as MTCI que devem ser garantidas pelo SUS, conforma a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA), instituída em 2011.

Foto: Acervo da comunidade de Acupe, Santo Amaro-BA.

Foto: Acervo da comunidade de Acupe, Santo Amaro-BA.

As participantes exercitam técnicas de aromaterapia integrativa apresentadas pela terapeuta Candai Calmon.

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Em Sergipe, participantes da “Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integrativa e de Autocuidado com mulheres pescadoras e quilombolas” replicam técnicas e conhecimentos de aromaterapia, automassagem e dança

Foto do acervo da comunidade do Quilombo Resina, Brejo Grande-SE.

Em Sergipe, participantes promoveram e replicaram atividades da “Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integrativa e de Autocuidado com Mulheres Pescadoras e Quilombolas” no Quilombo Resina, localizado no município de Brejo Grande-SE. Por meio de oficinas práticas, jovens e mulheres puderam aprender sobre técnicas de aromaterapia integrativa e dança como prática corporal. 

As multiplicadoras reproduziram métodos de manejo, propriedades e uso das medicinais e aromáticas e produção de incenso natural. Essa ação é uma iniciativa do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP-BA/SE), que busca fortalecer e valorizar os conhecimentos tradicionais em saúde presente nas comunidades pesqueiras e quilombolas nos estados da Bahia e de Sergipe.

No início deste mês, as multiplicadoras sergipanas, entre essas lideranças de comunidades tradicionais, marisqueiras e pescadoras artesanais residentes nos municípios de Estância e Indiaroba (Litoral Sul), Poço Redondo (Baixo São Francisco) e no Quilombo Resina, em Brejo Grande-SE (Foz do São Francisco), incluindo duas agentes do CPP-BA/SE, que atuam no estado de Sergipe, participaram do curso sobre Aromaterapia Integrativa, Automassagem e Dança, realizadas entre os dias 09, 10 e 11 de maio de 2023, em Salvador - BA.

Para fundamentar a importância das ações da “Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integrativa e de Autocuidado com Mulheres Pescadoras e Quilombolas”, recentemente, foram entregues ao CPP-BA/SE e às marisqueiras e pescadoras artesanais cinco relatórios resultantes da pesquisa intitulada “Saúde, Ambiente e Trabalho dos Pescadores Artesanais Quilombolas da Bahia de todos os Santos”A pesquisa constatou que, para o ACS, “o reconhecimento das comunidades quilombolas e os benefícios associados não são sempre distribuídos de uma forma justa porque os responsáveis por essas atribuições nem sempre conhecem bem o território”, concluiu. Ou seja, os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) os quais tratam da universalização do acesso às ações e serviços, equidade para diminuir desigualdades e integralidade das ações de promoção, prevenção e tratamento de doenças, não têm sido efetivados.

Vídeo do acervo da comunidade do Quilombo Resina, Brejo Grande-SE.


Clique aqui para saber mais acerca das ações da “Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integral e Autocuidado com mulheres pescadoras e quilombolas”.


terça-feira, 9 de maio de 2023

“Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integral e Autocuidado com mulheres pescadoras e quilombolas” reúne participantes da Bahia e de Sergipe



A “Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integral e Autocuidado com Mulheres Pescadoras e Quilombolas”, promovida e realizada pelo Conselho Pastoral de Pescadores, regional Bahia e Sergipe (CPP-BASE), de hoje até quinta,11, reúne mulheres que vivem em comunidades localizados nos estados da Bahia e de Sergipe. As atividades apresentam como foco conceitos e práticas de “Automassagem, Consciência Somática e Aromaterapia Integrativa”, e estão sendo realizadas na sede do ISPAC - Assessoria ao Movimento Popular, na capital baiana, e conta com apoio do Fundo ELAS.

A programação reúne momentos para apresentação dos objetivos da Escola de Formação e atividades de práticas integrativas sobre aromaterapia, automassagem e consciência somática. Durante esses três dias, as participantes serão orientadas pela terapeuta Candai Calmon, que é artista, educadora, mestre em Dança e bacharel em Estudos de Gênero e Diversidade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Além disso, as marisqueiras, pescadoras e quilombolas terão a oportunidade de participar da oficina de dança “CorpoTerritório”.



Para a terapeuta, a saúde integrativa envolve um olhar atento e cuidados direcionados à espiritualidade, às emoções e, especialmente, ao corpo físico. “Eu sou aromaterapeuta de formação e também sou bailarina formada em Dança. Tenho ajustado esses dois conhecimentos e tentado fazer dele algo que seja prático e produtivo para as mulheres nos territórios, que não são das grandes cidades . Mas, estão nos territórios quilombolas e pesqueiros que esse trabalho com as mulheres tem sido muito importante, no sentido de fortalecer esse autocuidado e essa percepção de si, que muitas vezes é tirado de nós, principalmente, mulheres negras baianas e nordestinas”, pontuou Candai Calmon.

Como relata dona Everaldina Santos, 73 anos, da comunidade de Periperi, em Salvador, o conhecimento sobre o uso de ervas tem sido transmitido por gerações através da oralidade, para tratar doenças físicas, equilibrar as emoções e fortalecer a espiritualidade. Para essa veterana da Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integral e Autocuidado com mulheres pescadoras e quilombolas, manter hábitos saudáveis e ancestrais a partir do cultivo e uso de ervas medicinais têm lhe garantido saúde e longevidade, pois ela afirma que não sofre com nenhum tipo de doenças.




Sobre a “Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integral e Autocuidado com mulheres pescadoras e quilombolas”


Com essa iniciativa, o CPP-BA/SE busca ampliar e compartilhar saberes entre companheiras das comunidades tradicionais. Além de promover a valorização de conhecimentos tradicionais em saúde presentes nas comunidades pesqueiras e quilombolas, formar mulheres pescadoras e quilombolas em saúde tradicional e integrativa, aumentar a compreensão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e aprofundar questões relacionadas à saúde ocupacional das pescadoras e marisqueiras. Além de promover experiências profundas para o despertar dos sentidos numa formação sistemática com vivências-aprendizados.

Ainda em 2023, o CPP-BA/SE aplicará outros dois módulos sobre saúde tradicional, integral e autocuidado. O segundo conteúdo abordará a fitoterapia e o terceiro módulo desenvolverá atividades práticas a respeito da saúde ocupacional das pescadoras, em parceria com profissionais e pesquisadores(as) do Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho da Universidade Federal da Bahia (PPGSAT/ UFBA).