Mostrando postagens com marcador Bahia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bahia. Mostrar todas as postagens

domingo, 15 de outubro de 2023

Festival em Salvador reúne jovens de comunidades de pesca artesanal e quilombo da Bahia e de Sergipe

O Festival reforçou a valorização da cultura e da arte, no combate ao racismo e no estímulo ao protagonismo das comunidades de pesca artesanal e quilombo.

Cortejo da juventude pesqueira e quilombola leva cultura e alegria para as ruas do
Centro Histórico de Salvador. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.
Mais de 350 adolescentes de comunidades de pesca artesanal e quilombo, situadas em municípios baianos e do estado de Sergipe fizeram do Largo Tereza Batista, no Pelourinho, um verdadeiro palco para celebrar suas manifestações artísticas e culturais. Durante todo o sábado (14), o "Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola" reuniu muita dança, capoeira, música e a manutenção da tradição dos povos tradicionais.

O evento finalizou a primeira etapa das “Oficinas Artísticas e Culturais”, iniciadas em março deste ano, por meio do projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens - Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território”, realizado pelo Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras, regional Bahia e Sergipe (CPP-BA/SE).

A valorização da cultura, a presença da ancestralidade, o fortalecimento dos laços comunitários, a promoção da harmonia social e o incentivo ao protagonismo da juventude são estímulos assumidos pela equipe da Pastoral para promover o festival. Para a Secretária-executiva regional do CPP Bahia/ Sergipe, Maria José Pacheco, o evento reflete a perspectiva desses jovens e adolescentes na continuidade enquanto comunidade. “Essa geração tem mantido viva a cultura, a arte e suas tradições. São jovens e adolescente cheios de vida e que nos alimentam de esperança cada vez mais. Seguimos na luta para manter a garantia de direitos e a valorização dos povos tradicionais”, explicou.

O grupo de teatro e xaxado ‘Na Pisada de Lampião’, veio diretamente da cidade de Poço Redondo, em Sergipe, distante 360km de Salvador, e foi o primeiro a se apresentar. O professor Marcos Vieira trabalha com crianças há mais de 14 anos e tem como princípio cultivar raízes para manter viva a cultura. “Xaxado não é só uma dança, trabalhamos para que no futuro esses jovens tenham formação e se tornem cidadãos íntegros”, disse. Marcos ainda falou sobre a importância da atuação do CPP em Sergipe. “Antigamente não víamos outro futuro para comunidades ribeirinhas e o CPP chegou para mostrar que temos potencial, que temos cultura e que também temos muitos talentos lá,”, avaliou o professor.

Grupo ‘Na Pisada de Lampião’, de Sergipe
Representando a secretaria estadual de Culturs, a coordenadora artística do Centro de Culturas Populares e Identitárias, Thelma Chase, afirma que é papel do estado se aproximar cada vez mais da cultura popular. “A nossa responsabilidade é impulsionar a cultura e esse festival é da maior importância. Primeiro porque ele impulsiona o encontro de várias comunidades que puderam trocar diversas experiências enriquecedoras e que entendem que essa ocupação precisa ser permanente”, destacou.

Para a realização do “Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola”, o CPP-B/SE contou com apoio financeiro internacional da Associação da Infância Missionária (Kindermissionswerk); e da ActionAid; da CESE (Coordenadoria Ecumenica de Serviços) além do apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) através do Centro de Culturas Populares e Identitárias, Pelô da Bahia; da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi); da Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos (SJDHS); da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre); e da secretaria estadual de Educação, através da Escola Azevedo Fernandes, onde os estudantes ficaram alojados. 

Segundo Tarcísio Antônio, coordenador CPP Submédio São Francisco, que desde os anos 80 vem trabalhando com os pescadores na Bahia, além de jovens e adolescentes de forma mais pontual. "Apoiamos, por exemplo, a construção da Escola das Águas e há oito meses estamos num trabalho sistemático com as crianças, adolescentes e jovens no intuito de  aproximá-los das lutas de suas comunidades, a Pastoral é uma importante porta para essa geração. Aqui trabalhamos para proporcionar conhecimento e reforçar a importância da luta, principalmente, dos territórios pesqueiros. São anos trabalhando na formação desses jovens com o objetivo de possibilitar um futuro melhor e esta ação com as crianças, adolescentes e jovens é de fundamental importância”, explica.

O público animado se manteve durante toda o dia no Largo Tereza Batista e muitas mães também acompanharam de pertinho a apresentação dos seus filhos. Valdicélia Souza, moradora de Simões Filho, é mãe da pequena Esther Luiza, que se apresentou no grupo de percussão ‘Batuque Para o Despertar’, da comunidade de Aratu, em Simões Filho. “Minha filha fica emocionada e eu também, em ver essa negona crescendo com a cultura. Eu fico muito orgulhosa da minha filha e também muita grata pela importante força que o CPP tem dado pra incentivá-la”, conta.

Valdicélia Souza, moradora de Simões Filho, 
é mãe da pequena Esther Luiza.
Símbolo e “marcador” regional do Recôncavo baiano, o samba de roda foi presença forte no Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola. Entre eles, o grupo Raiz do Boqueirão Filho de São Francisco, que nasceu no quilombo São Francisco do Paraguaçu, em Cachoeira, em 2006. Com elementos simbólicos da cultura e ancestralidade quilombola, o grupo é um dos representantes do samba de roda em Cachoeira.

“O nosso objetivo é passar o samba de roda de geração em geração, resgatar a nossa origem e as tradições. Nós nunca deixaremos esse legado morrer. E esse trabalho que a CPP desenvolveu para esse projeto nos últimos 8 meses foi fundamental e muito importante pra gente. Tenho certeza que sairemos muito ricos daqui porque a troca de experiência que tivemos foi muito importante”, enfatiza o coordenador do grupo, Crispim dos Santos, o “Rabicó”.

Nascido e criado no samba, o integrante do Raiz do Boqueirão, Antônio Santana, o seu Mará, de 78 anos, é um dos mais velhos do grupo onde todos os integrantes são pescadores “Na adolescência eu fazia muito samba de caruru, aí depois comecei no grupo e sigo até hoje. Faço com muito amor para manter nosso ritmo sempre vivo. Está no sangue”, conta.

O racismo também foi pauta de grupos em suas danças, músicas e também no teatro. O grupo teatral ‘Vocabulário Racista’, da localidade de Ilha do Tanque, no município de Maraú, trouxe as expressões racistas, muitas vezes naturalizadas pela sociedade, como forma de denúncia. Um dos atores do grupo é o estudante Elias, que conhece bem a importância desse projeto para seu crescimento. “Com o grupo de teatro, eu e meus colegas temos aprendido muito e nos aperfeiçoando cada vez mais. É também a opção que muitos têm para sair de uma possível vulnerabilidade e têm a chance de encontrar uma vida melhor dentro da cultura e da arte”, explicou o jovem.

O estudante de pós-graduação em Dança, Mailton Muller, de 26 anos, do grupo ‘Dança Afro e Cultura do Iguape’, do quilombo Santiago do Iguape, em Cachoeira, ressalta a importância de um encontro como esse para celebração da cultura e também uma oportunidade de levar a cultua local para centenas de pessoas fora da comunidade. “As pessoas precisam saber e ver que as comunidades têm muitos talentos. Gente como a gente”, disse.

O Festival ficou marcado pelas experiências trocadas, mas também pelo incentivo à arte e, principalmente, um marco na valorização da cultura, no combate ao racismo e no estímulo ao protagonismo das comunidades quilombolas e pesqueiras.

Como encerramento, as equipes que participaram do Festival receberam troféus e, logo em seguida, os grupos de percussão saíram do Largo Tereza Batista, em um verdadeiro cortejo até o Colégio estadual Azevedo Fernandes, localizado no Largo do Pelourinho. A unidade foi cedida aos estudantes desde a chegada deles na sexta-feira (13), onde crianças, adolescentes e jovens tiveram a oportunidade de visitar museus e espaços culturais em Salvador durante todo o dia.

Participaram também do Festival o grupo 'Sons do Velho Chico', do povoado de Bonsucesso, situado no município de Poço Redondo, em Sergipe; o grupo de Capoeira de Pratigi-Matapera, do município de Camamu, no Baixo Sul da Bahia; o “Batidas da Maré”, da comunidade de Acupe, em Santo Amaro; o “Dança de São Gonçalo", espetáculo da comunidade de Andorinhas, de Sento Sé, Submédio São Francisco; o “Batucada do Zero”, grupo de percussão do quilombo Pijurú, Maragogipe; o “Samba do Iguape”, de Cachoeira; “Folia de Santos Reis”, comunidade de Salinas, no município de Pilão Arcado; “Batuques da Cambuta”, da comunidade de Cambuta, em Santo Amaro; o grupo de capoeira "Quilombo Azé Paraguaçu", do quilombo São Francisco do Paraguaçu, no município de Cachoeira; e o “Raízes de São Brás”, grupo do quilombo São Braz, de Santo Amaro.

 

FEIRA AGROECOLÓGICA E DE ARTESANATO

Paralelo ao Festival, durante todo o sábado aconteceu também a Feira Agroecológica e de Artesanato com produtos originários de comunidades tradicionais situadas em municípios da Bahia e de Sergipe. Entre eles, Dona Cândida da Hora, que trouxe do município de Maragojipe produtos oriundos da produção da agricultura familiar.

 “O nosso quintal está praticamente todo nesta mesa. Tudo plantado na terra que moramos e que vai para a mesa dos nossos consumidores. A agricultura está presente na minha vida desde pequena, principalmente por conta da influência dos meus pais, que sempre incentivaram a continuidade do nosso trabalho. Faço isso com meus filhos, sobrinhos e netos”, explicou.

Cândida da Hora veio de Maragojipe comercializar
produtos oriundos da agricultura familiar

A Feira também levou para o público as riquezas das bordadeiras do sertão sergipano, além de promover o trabalho de alta qualidade do artesanato produzido por mulheres que são verdadeiras artistas. Um dos símbolos da resistência e da acestralidade do povo negro, a trança afro também teve seu espaço na Feira. A trancista Marisete, do bairro de Itapuã, em Salvador, há mais de 30 anos possibilita aos homens e mulheres carregarem na cabeça o que é também considerado uma forma de proteção. "Sâo muitos anos nessa luta que é de longa data. Tenho orgulho em dizer que vivo trançando o cabelo dos meus", afirmou. 

 A trancista Marisete, veio do bairro de Itapuã, em Salvador


segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Juventudes pesqueiras e quilombolas se apresentarão no próximo sábado, dia 14 de outubro, em Salvador

O “Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola”, organizado pelo Conselho Pastoral dos Pescadores e das Pescadoras, contará com a apresentação de juventudes de comunidades tradicionais situadas nos estados da Bahia e de Sergipe.


No dia 14 de outubro, o Largo Tereza Batista, localizado no Centro Histórico de Salvador, sediará o “Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola”. O evento reunirá 400 jovens que apresentarão espetáculos de teatro, dança afro-brasileira contemporânea, capoeira, show de grupos de percussão e danças tradicionais, a exemplo da “Dança de São Gonçalo” e “Dança de Reis”. O Festival também sediará a Feira Agroecológica e de Artesanato com produtos originários de 13 comunidades tradicionais situadas em municípios da Bahia e de Sergipe.

O evento encerra a primeira etapa das “Oficinas Artísticas e Culturais”, iniciadas em março deste ano, através do projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens - Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território”, realizado pelo Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras, regional Bahia e Sergipe (CPP-BA/SE). Ao entender que ações com as diversas juventudes são parte essencial para ajudar a fazer do mundo um lugar bom de se viver, como nos ensinou a Ir. Neusa Nascimento (in memoriam). Nesse sentido, a equipe da Pastoral assume o presente desafio sociocultural de realizar um Festival de Arte e Cultura protagonizado pela juventude de comunidades tradicionais.

As juventudes pesqueiras e quilombolas são grupos que têm uma forte conexão com a natureza e com suas raízes culturais. Eles têm muito a ensinar sobre a história e a cultura do nosso país, além de trazerem uma abordagem única para a arte e a música. Será uma oportunidade única para os moradores de Salvador e visitantes conhecerem essas juventudes e prestigiarem suas apresentações. Certamente será um evento inesquecível, que ficará marcado na memória de todos que participarem.

“Sábado, dia 14 de outubro de 2023, será um dia de celebração da luta e vida do povo pescador e quilombola. Suas festas e tradições, gastronomia embalada com os sons da percussão, capoeira, dança, teatro e outros modos de comunicar beleza e vida. É um projeto lindo e a nossa expectativa é fazer ecoar a coragem dos territórios. Exaltando uma beleza-clamor que exala: juventude viva! Enquanto juventudes e comunidades tradicionais estiverem fortalecidas aqui será “um lugar bom de se viver”, destaca a agente do CPP-BA/SE, Lourdes Nunes.

Entre os meses de março e setembro, além das atividades artísticas, culturais e de cidadania, crianças, adolescentes e jovens tiveram oportunidade de visitar museus e espaços culturais, e do primeiro “Encontro Regional de Comunicação com Jovens de comunidades de pesca artesanal e quilombo", realizado no início de agosto.

Para a realização do “Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola”, o CPP-B/SE conta com apoio financeiro internacional da Associação da Infância Missionária (Kindermissionswerk); e apoio de infraestrutura e institucional da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) através do Centro de Culturas Populares e Identitárias, Pelô da Bahia, Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos (SJDHS) e da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).

Serviço:
O quê: “Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola & Feira Agroecológica e de Artesanato”. Entrada com 1kg de alimento não perecível (sujeito à lotação).
Quando: 14 de outubro de 2023 (sábado), das 9h às 17h.
Local: Largo Tereza Batista - Rua Gregório de Matos, nº 6 - Centro Histórico de Salvador - BA.
As reservas podem ser feitas preenchendo a ficha de inscrição, disponível neste link, na plataforma Sympla, clicando aqui, ou através do e-mail: festivalartecultura.cppbase@gmail.com
Clique aqui para acesso às fotos de divulgação.

Programação completa:
9h - Solenidade de abertura
9h30 - “Sons do Velho Chico”, grupo de percussão com performance de xaxado, do povoado de Bonsucesso, situado no município de Poço Redondo - Sergipe.
9h45 - “Capoeira de Pratigi-Matapera", do município de Camamu - Baixo Sul da Bahia.
10h - “Batidas da Maré”, de Acupe, comunidade situada em Santo Amaro, Recôncavo da Bahia.
10h15 - “Vocabulário Racista” espetáculo teatral de Ilha do Tanque, situada em Maraú - Baixo Sul da Bahia.
10h40 - “Batuque para o despertar”, grupo de percussão do quilombo Aratu, Simões Filho - Bahia.
10h55 - “Dança de São Gonçalo”, espetáculo da comunidade de Andorinhas, de Sento Sé - Submédio São Francisco, Bahia.
11h15 - “Batucada do Zero”, grupo de percussão do quilombo Pijurú, situado em Maragogipe - Recôncavo da Bahia.
11h30 - “Capoeira com a juventude”, do quilombo Giral Grande, situado no município de Maragogipe, Bahia.
11h45 - Agradecimentos
12h - Almoço e atração especial com o “Samba do Iguape”.
13h30 - “Batuques da Cambuta”, apresentação do grupo de percussão da comunidade de Cambuta, Santo Amaro - Bahia.
13h50 - “Folia de Santo Reis”, espetáculo de dança tradicional da comunidade de Salinas, situada no município de Pilão Arcado - Bahia.
14h10 - “Dança Afro e Cultura do Iguape”, espetáculo de dança afro e percussão do quilombo Santiago do Iguape, Cachoeira - Bahia.
14h25 - “Capoeira Quilombo Axé Paraguaçu”, do quilombo São Francisco do Paraguaçu, situado no município de Cachoeira - Bahia.
14h45 - “Raízes de São Braz”, grupo de percussão do quilombo São Braz, situado no Recôncavo da Bahia.
15h - Entrega da premiação coletiva.
15h30 - Agradecimentos e encerramento com atração especial do “Samba das Comunidades”.
16h - Cortejo Cultural da juventude pesqueira, quilombola e ribeirinha até as escolas.


Sobre o projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens - Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território”, realizado pelo Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras:

O projeto é um sonho antigo que, mais recentemente, se fortaleceu a partir da demanda de jovens que participaram da assembleia de 2018, ao fazerem um apelo ao CPP para desenvolver um trabalho com a juventude frente ao crescimento da violência e a perda de direitos. O CPP topou o desafio de desenvolver ações sistemáticas com crianças, adolescentes e jovens, que estão sendo construídas com 13 comunidades, distribuídas em quatro microrregiões de atuação regional, do CPP, nos estados da Bahia e Sergipe.

As ações incluem atividades artísticas, culturais e de discussão de cidadania para a organização comunitária e participação de adolescentes e da juventude. Com isso, o CPP-BA/SE espera promover o reconhecimento e a valorização da identidade étnico-racial, empoderamento e engajamento de crianças, adolescentes e da juventude que residem e resistem nas comunidades quilombolas e pesqueiras.

Em todas as etapas de realização das atividades, o CPP-BA/SE conta com a colaboração de pessoas da comunidade, especialmente das lideranças pesqueiras e quilombolas, de pais e mães, dos jovens, adolescentes e crianças.


Sobre o Conselho Pastoral dos Pescadores e das Pescadoras:


Desde 1968, o Conselho Pastoral de Pescadores (CPP) atua pelo bem viver de marisqueiras, pescadores e pescadoras artesanais, e em defesa dos territórios tradicionais. Com o objetivo de promover o fortalecimento dos territórios, a equipe do CPP da regional Bahia e Sergipe, realiza o projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens – Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território”.

A missão do CPP que é “Movido pela força libertadora do evangelho, colaborar com os pescadores e pescadoras nos justos anseios de suas vidas, respeitando sua cultura, estimulando suas organizações, tendo em vista a libertação integral e a construção de uma nova sociedade.” Assim, o CPP busca promover valores comunitários, a cultura da solidariedade, a igualdade de raça e gênero e a democracia efetiva e participativa, tendo como princípio fundamental o protagonismo dos pescadores e pescadoras.








quarta-feira, 28 de junho de 2023

Audiência popular lota auditório em defesa da Área de Preservação Ambiental (APP) do Rio São Francisco em Juazeiro

Fonte: Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada.

Foto: Eixo Educação e Comunicação do IRPAA

Cerca de 200 pessoas participaram da audiência popular para discutir sobre o projeto de lei municipal que visa a redução da Área de Preservação Ambiental (APP) do Rio São Francisco em Juazeiro. A audiência aconteceu na manhã desta quarta-feira (28), no Espaço Multieventos da Univasf, em Juazeiro-BA. Diante da necessidade de levar o debate à população juazeirense, membros do Conselho Municipal do Meio Ambiente junto a pessoas e entidades comprometidas com a causa ambiental convocaram a audiência popular onde se fizeram presentes universidades, organizações, coletivos, partidos políticos, vereadores/as, deputados/as.

A realização da audiência popular se deu após o município de Juazeiro se recusar a realizar uma audiência pública para discutir com a população, a proposta do projeto de lei que visa reduzir de 500 para 100 metros a Área de Preservação Permanente (APP) nas margens do Rio São Francisco nas áreas urbanas de Juazeiro. A prefeitura apresentou um estudo que não apresenta justificativa técnica para tal redução no trecho que vai desde a comunidade quilombola Barrinha da Conceição, localizada vizinha ao Rodeadouro, até a antiga fazenda Mariad.

O coordenador institucional do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), Clérison Belém, conta que “Desde quando surgiu a proposta desse PL, a gente colocou que a população de Juazeiro precisava ser escutada. Então, não dá pra gente definir um assunto tão sensível, num espaço tão restrito, e no qual o município é dominante, pois detém a maior parte das cadeiras do Conselho”. Durante sua fala, Clérison levantou alguns questionamentos sobre qual o real objetivo deste projeto de lei “E vem a inquietação, qual o interesse desse PL? Qual interesse em reduzir a Área de Preservação Permanente do Rio São Francisco? Interessa a toda a sociedade de Juazeiro ou a um grupo? Ao empresariado? Aos condomínios que estão concretando a beira do Rio?”.

Por trás deste projeto de lei, há interesses privados que desrespeitam as leis, o meio ambiente e as pessoas, por isso “A gente resolveu realizar a audiência popular chamando a população, principalmente ribeirinha e quilombola que vivem à margem do Rio, chamando a imprensa, levando o projeto para a sociedade, já que a população de Juazeiro não está ciente do que o poder público da própria cidade está debatendo com esse projeto que vai afetar, sem dúvida nenhuma, a população pelos próximos 100 anos”, ressalta Bruno César, integrante do Conselho Municipal do Meio Ambiente, representando a Educação.

A quilombola, Dona Ovídia de Sena, do povoado Rodeadouro, fez questão de participar da audiência e contar a realidade que há anos a comunidade vem vivenciando, e se este projeto de lei de redução da APP do Velho Chico for aprovado será ainda pior. “O Rodeadouro está sendo invadido pelos grandes empresários (...) não tem muitos anos, que estão invadindo é o Rio São Francisco. Tem uns três empresários lá que tem os seus casarões. E eu quero dizer, se continuar assim, esse bem que favorece toda essa região [o Rio São Francisco] vai terminar sendo morto, né?”

Compreendendo a importância desta discussão, a vereadora Valdeci Lima, mais conhecida como Neguinha da Santa Casa, participou da audiência popular e mesmo compondo a base da prefeita Suzana Ramos, expressou sua posição contrária ao projeto de lei que visa a redução da APP do Rio São Francisco, se mostrando preocupada com o meio ambiente e o município de Juazeiro. “Não a redução dos 100 metros, queremos os 500 metros (...) Eu vim aqui hoje pra discutir, pra tá ouvindo vocês. Vou sair daqui hoje e vou estar conversando com a equipe do Meio Ambiente, com o secretário e por último com a prefeita. (...) O que for bom para Juazeiro, eu vou estar votando, vou estar apoiando (...) O que for ruim para Juazeiro eu não vou aprovar”.

O representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Conselho Municipal do Meio Ambiente, Orlando Freire de Carvalho, esclarece que este projeto de lei, “não pode desconsiderar a lei do Código Florestal que exige a Área de Preservação Permanente em qualquer área (...) E fica muito mais notório quando a gente sai da área urbana de Juazeiro e avança em direção ao interior, seja subindo o Rio em direção à Barrinha da Conceição ou descendo o Rio até a fazenda Mariad, tem grandes extensões de área rural que não tem nada consolidado. E o código Florestal diz que essas áreas não são consolidadas, porque não tem coleta de lixo, não tem saneamento básico, não tem energia elétrica, não tem água encanada. Esses são os elementos que caracterizam a área urbana”.

Com as discussões tecidas na audiência foi possível elencar alguns encaminhamentos, como conta a ativista ambiental e integrante do Coletivo Enxame, Érica Daiane da Costa “Pedir a prefeita Suzana Ramos que retire este projeto, que pare com essa aberração de apresentar a Câmara de Vereadores um projeto dessa natureza. Esse é o principal encaminhamento, dentre outros, como a continuidade de um fórum permanente para continuar discutindo as questões ambientais de Juazeiro, não só do Rio São Francisco, mas do saneamento e outras demandas que existem aqui”.

É preciso que a população se junte em defesa do Rio São Francisco, pressione os vereadores/as para que ameaças como esta PL não sejam aprovadas na Câmara de Vereadores. O Rio precisa ser respeitado e não ser tratado como um mero recurso, mas sim, como um sujeito de direitos.



Texto e foto: Eixo Educação e Comunicação do IRPAA



segunda-feira, 29 de maio de 2023

CPP realiza oficinas de cidadania, arte, cultura e comunicação para crianças, adolescentes e jovens de comunidades pesqueiras e quilombolas

Identidade visual do projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens - Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território”, realizado pelo CPP-BA/SE.

Participantes do projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens - Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território”, realizado pelo Conselho Pastoral dos Pescadores, regional Bahia e Sergipe (CPP-BA/SE), projetam sonhos com ludicidade e reflexões durante as oficinas de cidadania, autoestima, percussão, capoeira, xaxado, hip-hop, teatro, música, poesia, dança afro e contemporânea. Iniciadas no mês de março deste ano, essas atividades acontecem aos sábados, simultaneamente, em 13 comunidades pesqueiras e quilombolas, localizadas em municípios dos estados da Bahia e Sergipe.

Durante as atividades de cidadania, as(os) adolescentes e jovens participantes são encorajadas(os) a refletirem sobre temas relacionados ao funcionamento da sociedade, meio ambiente, territórios tradicionais, situações de conflitos socioambientais, relações étnico-raciais e racismo, relações de gênero, violência doméstica, ação política, projeto de vida, política eleitoral, participação da juventude, entre outras questões sociais, ambientais, territoriais e constitucionais.

Participantes do projeto na comunidade de Pijurú, em Maragogipe - BA. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.

Participantes da Oficina de Cidadania, na comunidade de Giral Grande, em Maragogipe - BA. Foto: Monitoria/CPP-BA/SE.

A quilombola Mirelle Santos, 24 anos, da comunidade de São Francisco do Paraguaçu, em Cachoeira-BA, formada em Gestão Pública pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), acredita que a atuação do CPP-BA/SE é importante porque potencializa o fortalecimento de vínculos entre jovens. “O projeto vem com esse intuito de trazer os jovens, aproximar os jovens, livrá-los da marginalidade, e eles estão ocupando suas mentes com atividade cultural”, disse.

O quilombola, pescador, padeiro e professor de percussão, Josemar Fernandes, que é filho de marisqueira e de vaqueiro, ministra aulas de percussão para crianças e adolescentes da comunidade quilombola e pesqueira de Santiago do Iguape. Ele avalia que as oficinas ampliam horizontes ao valorizar e fortalecer os diferentes modos de ser e viver em comunidades tradicionais, mesmo diante da escassez de oportunidades de educação, profissionalização e do aumento da criminalidade gerado pelo tráfico de drogas.


Em São Francisco do Paraguaçu, comunidade situado no município de Cachoeira - BA, jovens participam da Oficina de Autoestima. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.

O quilombola da comunidade de Santiago em do Iguape, em Cachoeira - BA, professor de percussão, Josemar Fernandes, que também trabalha como pescador e padeiro. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.

Essa iniciativa foi pensada após diálogo entre o CPP-BA/SE e as marisqueiras, pescadoras e pescadores artesanais, diante dos impactos negativos causados pela ausência de políticas públicas e de equipamentos que permitam a formação de vínculos entre crianças, adolescentes e jovens dentro das comunidades tradicionais.

Participantes de Percussão, na comunidade de Acupe, em Santo Amaro - BA. Foto: Monitoria/ CPP-BA/SE.

Oficina de Autoestima para adolescentes e jovens da comunidade de São Braz, em Santo Amaro - BA. Foto: Monitoria/CPP-BA/SE.

Crianças, adolescentes e jovens participante da Oficina de Percussão, na comunidade de Cambuta, em Santo Amaro - BA. Foto: Monitoria/ CPP-BA/SE.

As comunidades beneficiadas com as ações do projeto enfrentam situações de conflitos de violação de direitos, lentidão dos processos para regularização fundiária e titulação dos territórios, degradação ambiental, desmatamento dos manguezais, diminuição gradativa de pescados, retirada de direitos das trabalhadoras e trabalhadores de pesca artesanal e mariscagem, extinção de espécies nativas, alteração na vazão e/ou na salinidade dos rios por conta das represas, conflitos socioambientais devido ao avanço dos empreendimentos (especulação imobiliária, turismo, agricultura irrigada, monocultura, mineração, piscicultura, carcinicultura, parques eólicos, barragens, usinas, fotovoltaica e nuclear, hidrelétrica etc.).

Aula da Oficina de Dança, na comunidade de Andorinhas, localizada no município de Sento Sé - BA. Foto: Agente/CPP-BA/SE.

Lançamento das ações do projeto na comunidade de Salinas, no município de Pilão Arcado - BA. Foto: Agente/CPP-BA/SE.

Jovens da comunidade de Bonsucesso, em Poço Redondo - SE, participam de aula da Oficina de Percussão. Foto: Agente/CPP-BA/SE.

Para o CPP-BA/SE, o objetivo dessas ações é promover o “fortalecimento da identidade étnico-racial, empoderamento e engajamento das crianças, adolescentes e da juventude pesqueira nos processos de organização comunitária a partir da ação de comunicação, arte e cultura”. Além disso, o projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens - Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território” promoverá acesso a bens culturais, intercâmbio com outras experiências de organização da juventude de povos e comunidades tradicionais, encontro da “Rede de Comunicadores Jovens de Comunidades Pesqueiras”.

Jovens atentos (e atentas) à fala da psicóloga Marta Santos, durante aula da Oficina de Autoestima, na comunidade de Aratu, em Simões Filho - BA. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.

Aula da Oficina de Teatro para participantes da comunidade de Ilha do Tanque, localizada no município de Maraú - BA. Foto: Monitoria/ CPP-BA/SE.

Oficina de Capoeira, na comunidade de Pratigi-Matapera, em Maraú - BA. Foto: Monitoria/CPP-BA/SE.


Aula inauguração da Oficina de Percussão com participação de músicos do bloco afro "Os Negões", na comunidade de Aratu, situada no município de Simões Filho - BA. Foto: Agente/CPP-BA/SE.

As atividades do projeto têm sido realizadas pelo CPP-BA/SE em parceria com profissionais de educação, arte e cultura, especialmente pessoas oriundas das 13 comunidades participantes, mães, pais, responsáveis e lideranças pesqueiras e quilombolas do Movimento de Marisqueiras de Sergipe, Articulação Regional dos Pescadores e Pescadoras Submédio São Francisco, Articulação das Comunidades do Subaé, Conselho Quilombola de Maragogipe, Articulação das Comunidades do Iguape, Articulação dos Pescadores e Pescadoras do Baixo São Francisco e Litoral de Sergipe. Bem como conta apoio financeiro da Meistersinger Kindermissionswerk e da ActionAid.

Sobre o CPP-BA/SE:

Desde 1968, o Conselho Pastoral de Pescadores (CPP) atua pelo bem viver de marisqueiras, pescadores e pescadoras artesanais, e em defesa dos territórios tradicionais. A missão do CPP que é “movida pela força libertadora do evangelho, colaborar com os pescadores e pescadoras nos justos anseios de suas vidas, respeitando sua cultura, estimulando suas organizações, tendo em vista a libertação integral e a construção de uma nova sociedade.” Assim, o CPP busca promover valores comunitários, a cultura da solidariedade, a igualdade de raça e gênero, e a democracia efetiva e participativa, tendo como princípio fundamental o protagonismo dos pescadores e pescadoras.

Site do CPP Nacional: http://cppnacional.org.br/
Blog do CPP-BA/SE: http://cppba.blogspot.com/
Para mais informações, envie mensagem de texto via e-mail: ascom.cppbase@gmail.com




terça-feira, 23 de maio de 2023

Técnicas de aromaterapia, automassagem e dança são aprendidas por jovens e mulheres da comunidade quilombola de Acupe, em Santo Amaro-BA

Hoje, jovens e mulheres da comunidade quilombola de Acupe, em Santo Amaro - BA, vivenciaram e aprenderam técnicas de aromaterapia integrativa, automassagem e exercitaram passos de dança com a terapeuta Candai Calmon. A ação faz parte de um conjunto de atividades que vêm sendo promovidas e realizadas pelo Conselho Pastoral dos Pescadores, regional Bahia e Sergipe (CPP-BA/SE).

Foto: Acervo da comunidade de Acupe, Santo Amaro-BA.
As trabalhadoras da pesca artesanal e de mariscagem queixam-se de não conseguirem atendimento adequado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde em municípios localizados no Recôncavo da Bahia, sobretudo quando buscam o esse tipo de serviço público para prevenir e tratar lesões por esforços repetitivos (LER) e outros tipos de doenças do trabalho.

Para o CPP-BA/SE, a “Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integrativa e de Autocuidado com mulheres pescadoras e quilombolas” surge para “fortalecer e valorizar os conhecimentos tradicionais em saúde presente nas comunidades pesqueiras e quilombolas; formar Mulheres pescadoras e quilombolas em saúde tradicional e integrativa, a fim de garantir espaços de autocuidado e cuidado coletivo nas comunidades; aumentar a compreensão sobre o SUS, suas políticas e formas de participação e pressão, a fim de garantir acesso às comunidades; aprofundar sobre a saúde ocupacional das pescadoras nas suas variadas dimensões”.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) define que "as medicinas tradicionais, complementares e integrativas (MTCI) constituem importante modelo de cuidado à saúde, sendo em muitos países a principal oferta de serviços à população”. Mas as MTCI que devem ser garantidas pelo SUS, conforma a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA), instituída em 2011.

Foto: Acervo da comunidade de Acupe, Santo Amaro-BA.

Foto: Acervo da comunidade de Acupe, Santo Amaro-BA.

As participantes exercitam técnicas de aromaterapia integrativa apresentadas pela terapeuta Candai Calmon.

terça-feira, 11 de abril de 2023

CPP realiza seminário sobre “Políticas Públicas para as comunidades tradicionais quilombolas e pesqueiras”

O seminário “Políticas Públicas para as comunidades tradicionais quilombolas e pesqueiras” acontece entre os dias 11 e 13 de abril (de terça a quinta-feira), na Casa São José, no bairro de Boa Viagem, em Salvador. Iniciativa do Conselho Pastoral de Pescadores, regional Bahia e Sergipe (CPP-BA/SE), a ação tem como público-direto representações de comunidades pesqueiras e quilombolas, que estão situadas nos estados da Bahia e de Sergipe, a exemplo dos municípios de Cairu, Cachoeira, Camamu, Maragogipe, Pilão Arcado, Poço Redondo, Salvador, São Francisco do Conde, Santo Amaro, Sento Sé, Simões Filho, Taperoá, Valença, entre outros.

Durante a programação do seminário, serão debatidas ações para o fortalecimento da articulação entre os movimentos da pesca artesanal, universidades e atores sociais na efetivação de direitos. Além de promover análise da conjuntura atual para a construção de políticas públicas direcionadas às marisqueiras, pescadores artesanais e comunidades quilombolas na Bahia e em nível federal.

O CPP aposta que: “a vitória do presidente Lula apresenta-se como uma janela de possibilidade com a recriação do Ministério da Pesca que tem esboçado abertura para a participação social e neste sentido achamos importante que construamos proposições de políticas públicas e uma estratégia de incidência que garanta o avanço e o acesso das políticas públicas pelos pescadores e pescadoras artesanais e suas comunidades tradicionais pesqueiras”.

A primeira mesa sobre "Análise de Conjuntura" foi composta pelo professor Dr. Júlio César Rocha, da Faculdade de Direito da Universidade da Bahia (UFBA), por Débora Rodrigues, presidenta do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (CONSEA Bahia) e coordenadora de Programa da Associação Vida Brasil, e Antônio Marcos, que contribuiu com reflexões acerca do sistema para cadastramento do Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), conhecido por Carteira da Pesca.

Zezé Pacheco, do CPP regional Bahia e Sergipe. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.


Professor Dr. Júlio César Rocha, da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Foto: Ascom/CPP-BA/SE.


Débora Rodrigues, presidenta do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (CONSEA Bahia) e coordenadora de Programa da Associação Vida Brasil.
Foto: Ascom/CPP-BA/SE.


Antônio Marcos apresenta reflexões acerca do sistema para cadastramento do Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), conhecido por Carteira da Pesca. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.


Programação do seminário:


11/04/2023 (terça-feira)

9h: Mística e apresentação dos participantes – Equipe Baía de Todos os Santos (BTS)
9h30: Avaliação da Conjuntura: Contexto Geral; Conjuntura das Políticas Públicas no Governo Federal; Conjuntura das Políticas Públicas no Governo Estadual; Contexto do Registro da Atividade Pesqueira (RGP)
10h40: Intervalo
10h50: Debate e considerações finais
12h30: Almoço
14h15: Trabalho de grupo
17h: Apresentação do projeto Lei da Pesca
18h: Jantar
19h: Reunião dos Movimentos de Pesca Artesanal


12/04/2023 (quarta-feira)
8h: Mística – Submédio São Francisco
8h30: Apresentação dos Grupos
9h20: Discussão em Plenário
10h45: Discussão sobre as Estratégias de incidência
12h30: Almoço e intervalo
14h: Políticas Públicas para as Comunidades Tradicionais Pesqueiras e Quilombolas, com participação de órgãos públicos.
16h15: Perguntas, respostas e considerações finais


13/04/2023 (quinta-feira)
9h30: Audiência com o legislativo sobre o Projeto de Lei
12h: Almoço
14h: Reunião acerca do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)