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domingo, 15 de outubro de 2023

Festival em Salvador reúne jovens de comunidades de pesca artesanal e quilombo da Bahia e de Sergipe

O Festival reforçou a valorização da cultura e da arte, no combate ao racismo e no estímulo ao protagonismo das comunidades de pesca artesanal e quilombo.

Cortejo da juventude pesqueira e quilombola leva cultura e alegria para as ruas do
Centro Histórico de Salvador. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.
Mais de 350 adolescentes de comunidades de pesca artesanal e quilombo, situadas em municípios baianos e do estado de Sergipe fizeram do Largo Tereza Batista, no Pelourinho, um verdadeiro palco para celebrar suas manifestações artísticas e culturais. Durante todo o sábado (14), o "Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola" reuniu muita dança, capoeira, música e a manutenção da tradição dos povos tradicionais.

O evento finalizou a primeira etapa das “Oficinas Artísticas e Culturais”, iniciadas em março deste ano, por meio do projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens - Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território”, realizado pelo Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras, regional Bahia e Sergipe (CPP-BA/SE).

A valorização da cultura, a presença da ancestralidade, o fortalecimento dos laços comunitários, a promoção da harmonia social e o incentivo ao protagonismo da juventude são estímulos assumidos pela equipe da Pastoral para promover o festival. Para a Secretária-executiva regional do CPP Bahia/ Sergipe, Maria José Pacheco, o evento reflete a perspectiva desses jovens e adolescentes na continuidade enquanto comunidade. “Essa geração tem mantido viva a cultura, a arte e suas tradições. São jovens e adolescente cheios de vida e que nos alimentam de esperança cada vez mais. Seguimos na luta para manter a garantia de direitos e a valorização dos povos tradicionais”, explicou.

O grupo de teatro e xaxado ‘Na Pisada de Lampião’, veio diretamente da cidade de Poço Redondo, em Sergipe, distante 360km de Salvador, e foi o primeiro a se apresentar. O professor Marcos Vieira trabalha com crianças há mais de 14 anos e tem como princípio cultivar raízes para manter viva a cultura. “Xaxado não é só uma dança, trabalhamos para que no futuro esses jovens tenham formação e se tornem cidadãos íntegros”, disse. Marcos ainda falou sobre a importância da atuação do CPP em Sergipe. “Antigamente não víamos outro futuro para comunidades ribeirinhas e o CPP chegou para mostrar que temos potencial, que temos cultura e que também temos muitos talentos lá,”, avaliou o professor.

Grupo ‘Na Pisada de Lampião’, de Sergipe
Representando a secretaria estadual de Culturs, a coordenadora artística do Centro de Culturas Populares e Identitárias, Thelma Chase, afirma que é papel do estado se aproximar cada vez mais da cultura popular. “A nossa responsabilidade é impulsionar a cultura e esse festival é da maior importância. Primeiro porque ele impulsiona o encontro de várias comunidades que puderam trocar diversas experiências enriquecedoras e que entendem que essa ocupação precisa ser permanente”, destacou.

Para a realização do “Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola”, o CPP-B/SE contou com apoio financeiro internacional da Associação da Infância Missionária (Kindermissionswerk); e da ActionAid; da CESE (Coordenadoria Ecumenica de Serviços) além do apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) através do Centro de Culturas Populares e Identitárias, Pelô da Bahia; da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi); da Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos (SJDHS); da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre); e da secretaria estadual de Educação, através da Escola Azevedo Fernandes, onde os estudantes ficaram alojados. 

Segundo Tarcísio Antônio, coordenador CPP Submédio São Francisco, que desde os anos 80 vem trabalhando com os pescadores na Bahia, além de jovens e adolescentes de forma mais pontual. "Apoiamos, por exemplo, a construção da Escola das Águas e há oito meses estamos num trabalho sistemático com as crianças, adolescentes e jovens no intuito de  aproximá-los das lutas de suas comunidades, a Pastoral é uma importante porta para essa geração. Aqui trabalhamos para proporcionar conhecimento e reforçar a importância da luta, principalmente, dos territórios pesqueiros. São anos trabalhando na formação desses jovens com o objetivo de possibilitar um futuro melhor e esta ação com as crianças, adolescentes e jovens é de fundamental importância”, explica.

O público animado se manteve durante toda o dia no Largo Tereza Batista e muitas mães também acompanharam de pertinho a apresentação dos seus filhos. Valdicélia Souza, moradora de Simões Filho, é mãe da pequena Esther Luiza, que se apresentou no grupo de percussão ‘Batuque Para o Despertar’, da comunidade de Aratu, em Simões Filho. “Minha filha fica emocionada e eu também, em ver essa negona crescendo com a cultura. Eu fico muito orgulhosa da minha filha e também muita grata pela importante força que o CPP tem dado pra incentivá-la”, conta.

Valdicélia Souza, moradora de Simões Filho, 
é mãe da pequena Esther Luiza.
Símbolo e “marcador” regional do Recôncavo baiano, o samba de roda foi presença forte no Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola. Entre eles, o grupo Raiz do Boqueirão Filho de São Francisco, que nasceu no quilombo São Francisco do Paraguaçu, em Cachoeira, em 2006. Com elementos simbólicos da cultura e ancestralidade quilombola, o grupo é um dos representantes do samba de roda em Cachoeira.

“O nosso objetivo é passar o samba de roda de geração em geração, resgatar a nossa origem e as tradições. Nós nunca deixaremos esse legado morrer. E esse trabalho que a CPP desenvolveu para esse projeto nos últimos 8 meses foi fundamental e muito importante pra gente. Tenho certeza que sairemos muito ricos daqui porque a troca de experiência que tivemos foi muito importante”, enfatiza o coordenador do grupo, Crispim dos Santos, o “Rabicó”.

Nascido e criado no samba, o integrante do Raiz do Boqueirão, Antônio Santana, o seu Mará, de 78 anos, é um dos mais velhos do grupo onde todos os integrantes são pescadores “Na adolescência eu fazia muito samba de caruru, aí depois comecei no grupo e sigo até hoje. Faço com muito amor para manter nosso ritmo sempre vivo. Está no sangue”, conta.

O racismo também foi pauta de grupos em suas danças, músicas e também no teatro. O grupo teatral ‘Vocabulário Racista’, da localidade de Ilha do Tanque, no município de Maraú, trouxe as expressões racistas, muitas vezes naturalizadas pela sociedade, como forma de denúncia. Um dos atores do grupo é o estudante Elias, que conhece bem a importância desse projeto para seu crescimento. “Com o grupo de teatro, eu e meus colegas temos aprendido muito e nos aperfeiçoando cada vez mais. É também a opção que muitos têm para sair de uma possível vulnerabilidade e têm a chance de encontrar uma vida melhor dentro da cultura e da arte”, explicou o jovem.

O estudante de pós-graduação em Dança, Mailton Muller, de 26 anos, do grupo ‘Dança Afro e Cultura do Iguape’, do quilombo Santiago do Iguape, em Cachoeira, ressalta a importância de um encontro como esse para celebração da cultura e também uma oportunidade de levar a cultua local para centenas de pessoas fora da comunidade. “As pessoas precisam saber e ver que as comunidades têm muitos talentos. Gente como a gente”, disse.

O Festival ficou marcado pelas experiências trocadas, mas também pelo incentivo à arte e, principalmente, um marco na valorização da cultura, no combate ao racismo e no estímulo ao protagonismo das comunidades quilombolas e pesqueiras.

Como encerramento, as equipes que participaram do Festival receberam troféus e, logo em seguida, os grupos de percussão saíram do Largo Tereza Batista, em um verdadeiro cortejo até o Colégio estadual Azevedo Fernandes, localizado no Largo do Pelourinho. A unidade foi cedida aos estudantes desde a chegada deles na sexta-feira (13), onde crianças, adolescentes e jovens tiveram a oportunidade de visitar museus e espaços culturais em Salvador durante todo o dia.

Participaram também do Festival o grupo 'Sons do Velho Chico', do povoado de Bonsucesso, situado no município de Poço Redondo, em Sergipe; o grupo de Capoeira de Pratigi-Matapera, do município de Camamu, no Baixo Sul da Bahia; o “Batidas da Maré”, da comunidade de Acupe, em Santo Amaro; o “Dança de São Gonçalo", espetáculo da comunidade de Andorinhas, de Sento Sé, Submédio São Francisco; o “Batucada do Zero”, grupo de percussão do quilombo Pijurú, Maragogipe; o “Samba do Iguape”, de Cachoeira; “Folia de Santos Reis”, comunidade de Salinas, no município de Pilão Arcado; “Batuques da Cambuta”, da comunidade de Cambuta, em Santo Amaro; o grupo de capoeira "Quilombo Azé Paraguaçu", do quilombo São Francisco do Paraguaçu, no município de Cachoeira; e o “Raízes de São Brás”, grupo do quilombo São Braz, de Santo Amaro.

 

FEIRA AGROECOLÓGICA E DE ARTESANATO

Paralelo ao Festival, durante todo o sábado aconteceu também a Feira Agroecológica e de Artesanato com produtos originários de comunidades tradicionais situadas em municípios da Bahia e de Sergipe. Entre eles, Dona Cândida da Hora, que trouxe do município de Maragojipe produtos oriundos da produção da agricultura familiar.

 “O nosso quintal está praticamente todo nesta mesa. Tudo plantado na terra que moramos e que vai para a mesa dos nossos consumidores. A agricultura está presente na minha vida desde pequena, principalmente por conta da influência dos meus pais, que sempre incentivaram a continuidade do nosso trabalho. Faço isso com meus filhos, sobrinhos e netos”, explicou.

Cândida da Hora veio de Maragojipe comercializar
produtos oriundos da agricultura familiar

A Feira também levou para o público as riquezas das bordadeiras do sertão sergipano, além de promover o trabalho de alta qualidade do artesanato produzido por mulheres que são verdadeiras artistas. Um dos símbolos da resistência e da acestralidade do povo negro, a trança afro também teve seu espaço na Feira. A trancista Marisete, do bairro de Itapuã, em Salvador, há mais de 30 anos possibilita aos homens e mulheres carregarem na cabeça o que é também considerado uma forma de proteção. "Sâo muitos anos nessa luta que é de longa data. Tenho orgulho em dizer que vivo trançando o cabelo dos meus", afirmou. 

 A trancista Marisete, veio do bairro de Itapuã, em Salvador


segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Juventudes pesqueiras e quilombolas se apresentarão no próximo sábado, dia 14 de outubro, em Salvador

O “Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola”, organizado pelo Conselho Pastoral dos Pescadores e das Pescadoras, contará com a apresentação de juventudes de comunidades tradicionais situadas nos estados da Bahia e de Sergipe.


No dia 14 de outubro, o Largo Tereza Batista, localizado no Centro Histórico de Salvador, sediará o “Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola”. O evento reunirá 400 jovens que apresentarão espetáculos de teatro, dança afro-brasileira contemporânea, capoeira, show de grupos de percussão e danças tradicionais, a exemplo da “Dança de São Gonçalo” e “Dança de Reis”. O Festival também sediará a Feira Agroecológica e de Artesanato com produtos originários de 13 comunidades tradicionais situadas em municípios da Bahia e de Sergipe.

O evento encerra a primeira etapa das “Oficinas Artísticas e Culturais”, iniciadas em março deste ano, através do projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens - Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território”, realizado pelo Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras, regional Bahia e Sergipe (CPP-BA/SE). Ao entender que ações com as diversas juventudes são parte essencial para ajudar a fazer do mundo um lugar bom de se viver, como nos ensinou a Ir. Neusa Nascimento (in memoriam). Nesse sentido, a equipe da Pastoral assume o presente desafio sociocultural de realizar um Festival de Arte e Cultura protagonizado pela juventude de comunidades tradicionais.

As juventudes pesqueiras e quilombolas são grupos que têm uma forte conexão com a natureza e com suas raízes culturais. Eles têm muito a ensinar sobre a história e a cultura do nosso país, além de trazerem uma abordagem única para a arte e a música. Será uma oportunidade única para os moradores de Salvador e visitantes conhecerem essas juventudes e prestigiarem suas apresentações. Certamente será um evento inesquecível, que ficará marcado na memória de todos que participarem.

“Sábado, dia 14 de outubro de 2023, será um dia de celebração da luta e vida do povo pescador e quilombola. Suas festas e tradições, gastronomia embalada com os sons da percussão, capoeira, dança, teatro e outros modos de comunicar beleza e vida. É um projeto lindo e a nossa expectativa é fazer ecoar a coragem dos territórios. Exaltando uma beleza-clamor que exala: juventude viva! Enquanto juventudes e comunidades tradicionais estiverem fortalecidas aqui será “um lugar bom de se viver”, destaca a agente do CPP-BA/SE, Lourdes Nunes.

Entre os meses de março e setembro, além das atividades artísticas, culturais e de cidadania, crianças, adolescentes e jovens tiveram oportunidade de visitar museus e espaços culturais, e do primeiro “Encontro Regional de Comunicação com Jovens de comunidades de pesca artesanal e quilombo", realizado no início de agosto.

Para a realização do “Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola”, o CPP-B/SE conta com apoio financeiro internacional da Associação da Infância Missionária (Kindermissionswerk); e apoio de infraestrutura e institucional da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) através do Centro de Culturas Populares e Identitárias, Pelô da Bahia, Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos (SJDHS) e da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).

Serviço:
O quê: “Festival de Arte e Cultura da Juventude Pesqueira e Quilombola & Feira Agroecológica e de Artesanato”. Entrada com 1kg de alimento não perecível (sujeito à lotação).
Quando: 14 de outubro de 2023 (sábado), das 9h às 17h.
Local: Largo Tereza Batista - Rua Gregório de Matos, nº 6 - Centro Histórico de Salvador - BA.
As reservas podem ser feitas preenchendo a ficha de inscrição, disponível neste link, na plataforma Sympla, clicando aqui, ou através do e-mail: festivalartecultura.cppbase@gmail.com
Clique aqui para acesso às fotos de divulgação.

Programação completa:
9h - Solenidade de abertura
9h30 - “Sons do Velho Chico”, grupo de percussão com performance de xaxado, do povoado de Bonsucesso, situado no município de Poço Redondo - Sergipe.
9h45 - “Capoeira de Pratigi-Matapera", do município de Camamu - Baixo Sul da Bahia.
10h - “Batidas da Maré”, de Acupe, comunidade situada em Santo Amaro, Recôncavo da Bahia.
10h15 - “Vocabulário Racista” espetáculo teatral de Ilha do Tanque, situada em Maraú - Baixo Sul da Bahia.
10h40 - “Batuque para o despertar”, grupo de percussão do quilombo Aratu, Simões Filho - Bahia.
10h55 - “Dança de São Gonçalo”, espetáculo da comunidade de Andorinhas, de Sento Sé - Submédio São Francisco, Bahia.
11h15 - “Batucada do Zero”, grupo de percussão do quilombo Pijurú, situado em Maragogipe - Recôncavo da Bahia.
11h30 - “Capoeira com a juventude”, do quilombo Giral Grande, situado no município de Maragogipe, Bahia.
11h45 - Agradecimentos
12h - Almoço e atração especial com o “Samba do Iguape”.
13h30 - “Batuques da Cambuta”, apresentação do grupo de percussão da comunidade de Cambuta, Santo Amaro - Bahia.
13h50 - “Folia de Santo Reis”, espetáculo de dança tradicional da comunidade de Salinas, situada no município de Pilão Arcado - Bahia.
14h10 - “Dança Afro e Cultura do Iguape”, espetáculo de dança afro e percussão do quilombo Santiago do Iguape, Cachoeira - Bahia.
14h25 - “Capoeira Quilombo Axé Paraguaçu”, do quilombo São Francisco do Paraguaçu, situado no município de Cachoeira - Bahia.
14h45 - “Raízes de São Braz”, grupo de percussão do quilombo São Braz, situado no Recôncavo da Bahia.
15h - Entrega da premiação coletiva.
15h30 - Agradecimentos e encerramento com atração especial do “Samba das Comunidades”.
16h - Cortejo Cultural da juventude pesqueira, quilombola e ribeirinha até as escolas.


Sobre o projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens - Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território”, realizado pelo Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras:

O projeto é um sonho antigo que, mais recentemente, se fortaleceu a partir da demanda de jovens que participaram da assembleia de 2018, ao fazerem um apelo ao CPP para desenvolver um trabalho com a juventude frente ao crescimento da violência e a perda de direitos. O CPP topou o desafio de desenvolver ações sistemáticas com crianças, adolescentes e jovens, que estão sendo construídas com 13 comunidades, distribuídas em quatro microrregiões de atuação regional, do CPP, nos estados da Bahia e Sergipe.

As ações incluem atividades artísticas, culturais e de discussão de cidadania para a organização comunitária e participação de adolescentes e da juventude. Com isso, o CPP-BA/SE espera promover o reconhecimento e a valorização da identidade étnico-racial, empoderamento e engajamento de crianças, adolescentes e da juventude que residem e resistem nas comunidades quilombolas e pesqueiras.

Em todas as etapas de realização das atividades, o CPP-BA/SE conta com a colaboração de pessoas da comunidade, especialmente das lideranças pesqueiras e quilombolas, de pais e mães, dos jovens, adolescentes e crianças.


Sobre o Conselho Pastoral dos Pescadores e das Pescadoras:


Desde 1968, o Conselho Pastoral de Pescadores (CPP) atua pelo bem viver de marisqueiras, pescadores e pescadoras artesanais, e em defesa dos territórios tradicionais. Com o objetivo de promover o fortalecimento dos territórios, a equipe do CPP da regional Bahia e Sergipe, realiza o projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens – Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território”.

A missão do CPP que é “Movido pela força libertadora do evangelho, colaborar com os pescadores e pescadoras nos justos anseios de suas vidas, respeitando sua cultura, estimulando suas organizações, tendo em vista a libertação integral e a construção de uma nova sociedade.” Assim, o CPP busca promover valores comunitários, a cultura da solidariedade, a igualdade de raça e gênero e a democracia efetiva e participativa, tendo como princípio fundamental o protagonismo dos pescadores e pescadoras.








segunda-feira, 19 de junho de 2023

CPP realiza seminário para refletir sobre impactos negativos socioeconômicos e ambientais provocados pelo cultivo de camarões em viveiros em territórios de pesca artesanal

O seminário aborda o tema “Carcinicultura em Sergipe: impactos, violação de direitos e estratégias de enfrentamento”

De 19 a 21 de junho, o Conselho Pastoral dos Pescadores, regional Bahia e Sergipe (CPP-BA/SE), realiza o seminário “Carcinicultura em Sergipe: impactos, violação de direitos e estratégias de enfrentamento”, no município de Estância. O objetivo da atividade é refletir e denunciar as violações de direitos socioambientais das comunidades tradicionais pesqueiras e os impactos ambientais causados pelo avanço da carcinicultura em áreas de preservação e territórios tradicionais no estado de Sergipe.

Carcinicultura é uma técnica de cultivo de camarões em viveiros que tem provocado impactos socioeconômicos e ambientais negativos para as comunidades de pescadores artesanais no estado de Sergipe. Salinização das águas e resíduos químicos utilizados para o cultivo de camarões em cativeiros degradam rios e manguezais, além de destruir territórios tradicionais preservados por comunidades de pesca artesanal.

O evento é destinado a integrantes dos poderes Executivo e Legislativo, marisqueiras, pescadoras e pescadores de Porto do Mato, Muculanduba, Pontal, Brejo Grande, Cachoeirinha, entre outras comunidades de pesca artesanal impactadas negativamente com o cultivo de camarões em viveiros, no estado de Sergipe. O seminário conta ainda com contribuições de pesquisadores(es) e membros Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras (PEAC) - Bacia de Sergipe/ Alagoas, além de representações do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais  (MPP) e Movimento das Marisqueiras de Sergipe (MAS).

Durante a abertura do seminário, o CPP avaliou que a atividade é importante para pensar estratégias de enfrentamento, encarar e superar desafios diante dos impactos da carcinicultura junto às marisqueiras, pescadores, pescadoras, pesquisadores, órgãos de governo e às instituições de Direito. Marisqueiras, pescadoras e pescadores presentes denunciaram que sofrem ameaças por profissionais de segurança particular dos empreendimentos de carcinicultura, e fizeram críticas à atual gestão ao Governo de Sergipe, que, ao invés de dialogar com as comunidades tradicionais e os empresários de carcinicultura, promove a Feira de Carcinicultura, sem dar atenção aos impactos negativos socioeconômicos e ambientais provocados por essa cultura de cultivo de camarões.

Confirmaram presença membros do poder Legislativo e das seguintes instituições públicas: Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA)/ Secretaria Pesca Artesanal – Coordenação de Conflitos; MInistério Público Federal (MPF)/Comunidades Tradicionais e/ou Meio Ambiente; Ministério Público Estadual (MPE)/Câmara de Meio Ambiente; Defensoria Pública Estado (DPE); Mandata Deputada Linda Brasil.


Confira a programação do seminário do “Carcinicultura em Sergipe: impactos, violação de direitos e estratégias de enfrentamento” :


Dia 19 de junho 2023 (segunda-feira)

9h às 11h30 - Chegança e credenciamento

12h - Almoço

16h às 17h30 - Abertura

18h - Jantar


Dia 20 de junho 2023 (terça-feira)

8h às 8h30 - Mística

8h30 às 9h30 - Primeira mesa "Carcinicultura no Estado de Sergipe: impactos e desafios".

9h30 às 9h50 - Intervalo

9h50 às 11h - Grupo de Trabalho (GT): GT1-Grande Região Aracaju; GT2-Litoral Sul; GT3-Foz. Questões orientadoras: 1) Quais os impactos da carcinicultura nas comunidades? 2) Qual o tamanho dos empreendimentos? 3) Que ações já foram realizadas?

12h às 14h - Almoço

14h às 16h - Segunda mesa "Carcinicultura em Sergipe e as Violações aos direitos e territórios das Comunidades Tradicionais Pesqueiras".

Com apresentação das comunidades e participação: Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA)/ Secretaria Pesca Artesanal – Coordenação de Conflitos; Ministério Público Federal (MPF)/ Comunidades Tradicionais e/ou Meio Ambiente; Ministério Público Estadual (MPE)/Câmara de Meio Ambiente; Defensoria Pública Estado (DPE); Mandata Deputada Linda Brasil.

16h às 16h - Intervalo

16h30 às 18h - Perguntas, respostas e considerações finais


21 de junho de 2023 (quarta-feira)

6h30 às 7h30 - Café da manhã

7h30 às 9h - Visita a uma área de carcinicultura

9h30 às 10h30 - Conversa do que observou e estratégias de enfrentamento.

10h30 às 10h45 - Intervalo

10h45 às 12h30 - Apresentação dos Grupos e Encaminhamentos

segunda-feira, 29 de maio de 2023

CPP realiza oficinas de cidadania, arte, cultura e comunicação para crianças, adolescentes e jovens de comunidades pesqueiras e quilombolas

Identidade visual do projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens - Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território”, realizado pelo CPP-BA/SE.

Participantes do projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens - Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território”, realizado pelo Conselho Pastoral dos Pescadores, regional Bahia e Sergipe (CPP-BA/SE), projetam sonhos com ludicidade e reflexões durante as oficinas de cidadania, autoestima, percussão, capoeira, xaxado, hip-hop, teatro, música, poesia, dança afro e contemporânea. Iniciadas no mês de março deste ano, essas atividades acontecem aos sábados, simultaneamente, em 13 comunidades pesqueiras e quilombolas, localizadas em municípios dos estados da Bahia e Sergipe.

Durante as atividades de cidadania, as(os) adolescentes e jovens participantes são encorajadas(os) a refletirem sobre temas relacionados ao funcionamento da sociedade, meio ambiente, territórios tradicionais, situações de conflitos socioambientais, relações étnico-raciais e racismo, relações de gênero, violência doméstica, ação política, projeto de vida, política eleitoral, participação da juventude, entre outras questões sociais, ambientais, territoriais e constitucionais.

Participantes do projeto na comunidade de Pijurú, em Maragogipe - BA. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.

Participantes da Oficina de Cidadania, na comunidade de Giral Grande, em Maragogipe - BA. Foto: Monitoria/CPP-BA/SE.

A quilombola Mirelle Santos, 24 anos, da comunidade de São Francisco do Paraguaçu, em Cachoeira-BA, formada em Gestão Pública pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), acredita que a atuação do CPP-BA/SE é importante porque potencializa o fortalecimento de vínculos entre jovens. “O projeto vem com esse intuito de trazer os jovens, aproximar os jovens, livrá-los da marginalidade, e eles estão ocupando suas mentes com atividade cultural”, disse.

O quilombola, pescador, padeiro e professor de percussão, Josemar Fernandes, que é filho de marisqueira e de vaqueiro, ministra aulas de percussão para crianças e adolescentes da comunidade quilombola e pesqueira de Santiago do Iguape. Ele avalia que as oficinas ampliam horizontes ao valorizar e fortalecer os diferentes modos de ser e viver em comunidades tradicionais, mesmo diante da escassez de oportunidades de educação, profissionalização e do aumento da criminalidade gerado pelo tráfico de drogas.


Em São Francisco do Paraguaçu, comunidade situado no município de Cachoeira - BA, jovens participam da Oficina de Autoestima. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.

O quilombola da comunidade de Santiago em do Iguape, em Cachoeira - BA, professor de percussão, Josemar Fernandes, que também trabalha como pescador e padeiro. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.

Essa iniciativa foi pensada após diálogo entre o CPP-BA/SE e as marisqueiras, pescadoras e pescadores artesanais, diante dos impactos negativos causados pela ausência de políticas públicas e de equipamentos que permitam a formação de vínculos entre crianças, adolescentes e jovens dentro das comunidades tradicionais.

Participantes de Percussão, na comunidade de Acupe, em Santo Amaro - BA. Foto: Monitoria/ CPP-BA/SE.

Oficina de Autoestima para adolescentes e jovens da comunidade de São Braz, em Santo Amaro - BA. Foto: Monitoria/CPP-BA/SE.

Crianças, adolescentes e jovens participante da Oficina de Percussão, na comunidade de Cambuta, em Santo Amaro - BA. Foto: Monitoria/ CPP-BA/SE.

As comunidades beneficiadas com as ações do projeto enfrentam situações de conflitos de violação de direitos, lentidão dos processos para regularização fundiária e titulação dos territórios, degradação ambiental, desmatamento dos manguezais, diminuição gradativa de pescados, retirada de direitos das trabalhadoras e trabalhadores de pesca artesanal e mariscagem, extinção de espécies nativas, alteração na vazão e/ou na salinidade dos rios por conta das represas, conflitos socioambientais devido ao avanço dos empreendimentos (especulação imobiliária, turismo, agricultura irrigada, monocultura, mineração, piscicultura, carcinicultura, parques eólicos, barragens, usinas, fotovoltaica e nuclear, hidrelétrica etc.).

Aula da Oficina de Dança, na comunidade de Andorinhas, localizada no município de Sento Sé - BA. Foto: Agente/CPP-BA/SE.

Lançamento das ações do projeto na comunidade de Salinas, no município de Pilão Arcado - BA. Foto: Agente/CPP-BA/SE.

Jovens da comunidade de Bonsucesso, em Poço Redondo - SE, participam de aula da Oficina de Percussão. Foto: Agente/CPP-BA/SE.

Para o CPP-BA/SE, o objetivo dessas ações é promover o “fortalecimento da identidade étnico-racial, empoderamento e engajamento das crianças, adolescentes e da juventude pesqueira nos processos de organização comunitária a partir da ação de comunicação, arte e cultura”. Além disso, o projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens - Arte, Cultura e Comunicação: fortalecendo o território” promoverá acesso a bens culturais, intercâmbio com outras experiências de organização da juventude de povos e comunidades tradicionais, encontro da “Rede de Comunicadores Jovens de Comunidades Pesqueiras”.

Jovens atentos (e atentas) à fala da psicóloga Marta Santos, durante aula da Oficina de Autoestima, na comunidade de Aratu, em Simões Filho - BA. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.

Aula da Oficina de Teatro para participantes da comunidade de Ilha do Tanque, localizada no município de Maraú - BA. Foto: Monitoria/ CPP-BA/SE.

Oficina de Capoeira, na comunidade de Pratigi-Matapera, em Maraú - BA. Foto: Monitoria/CPP-BA/SE.


Aula inauguração da Oficina de Percussão com participação de músicos do bloco afro "Os Negões", na comunidade de Aratu, situada no município de Simões Filho - BA. Foto: Agente/CPP-BA/SE.

As atividades do projeto têm sido realizadas pelo CPP-BA/SE em parceria com profissionais de educação, arte e cultura, especialmente pessoas oriundas das 13 comunidades participantes, mães, pais, responsáveis e lideranças pesqueiras e quilombolas do Movimento de Marisqueiras de Sergipe, Articulação Regional dos Pescadores e Pescadoras Submédio São Francisco, Articulação das Comunidades do Subaé, Conselho Quilombola de Maragogipe, Articulação das Comunidades do Iguape, Articulação dos Pescadores e Pescadoras do Baixo São Francisco e Litoral de Sergipe. Bem como conta apoio financeiro da Meistersinger Kindermissionswerk e da ActionAid.

Sobre o CPP-BA/SE:

Desde 1968, o Conselho Pastoral de Pescadores (CPP) atua pelo bem viver de marisqueiras, pescadores e pescadoras artesanais, e em defesa dos territórios tradicionais. A missão do CPP que é “movida pela força libertadora do evangelho, colaborar com os pescadores e pescadoras nos justos anseios de suas vidas, respeitando sua cultura, estimulando suas organizações, tendo em vista a libertação integral e a construção de uma nova sociedade.” Assim, o CPP busca promover valores comunitários, a cultura da solidariedade, a igualdade de raça e gênero, e a democracia efetiva e participativa, tendo como princípio fundamental o protagonismo dos pescadores e pescadoras.

Site do CPP Nacional: http://cppnacional.org.br/
Blog do CPP-BA/SE: http://cppba.blogspot.com/
Para mais informações, envie mensagem de texto via e-mail: ascom.cppbase@gmail.com




segunda-feira, 22 de maio de 2023

Em Sergipe, participantes da “Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integrativa e de Autocuidado com mulheres pescadoras e quilombolas” replicam técnicas e conhecimentos de aromaterapia, automassagem e dança

Foto do acervo da comunidade do Quilombo Resina, Brejo Grande-SE.

Em Sergipe, participantes promoveram e replicaram atividades da “Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integrativa e de Autocuidado com Mulheres Pescadoras e Quilombolas” no Quilombo Resina, localizado no município de Brejo Grande-SE. Por meio de oficinas práticas, jovens e mulheres puderam aprender sobre técnicas de aromaterapia integrativa e dança como prática corporal. 

As multiplicadoras reproduziram métodos de manejo, propriedades e uso das medicinais e aromáticas e produção de incenso natural. Essa ação é uma iniciativa do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP-BA/SE), que busca fortalecer e valorizar os conhecimentos tradicionais em saúde presente nas comunidades pesqueiras e quilombolas nos estados da Bahia e de Sergipe.

No início deste mês, as multiplicadoras sergipanas, entre essas lideranças de comunidades tradicionais, marisqueiras e pescadoras artesanais residentes nos municípios de Estância e Indiaroba (Litoral Sul), Poço Redondo (Baixo São Francisco) e no Quilombo Resina, em Brejo Grande-SE (Foz do São Francisco), incluindo duas agentes do CPP-BA/SE, que atuam no estado de Sergipe, participaram do curso sobre Aromaterapia Integrativa, Automassagem e Dança, realizadas entre os dias 09, 10 e 11 de maio de 2023, em Salvador - BA.

Para fundamentar a importância das ações da “Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integrativa e de Autocuidado com Mulheres Pescadoras e Quilombolas”, recentemente, foram entregues ao CPP-BA/SE e às marisqueiras e pescadoras artesanais cinco relatórios resultantes da pesquisa intitulada “Saúde, Ambiente e Trabalho dos Pescadores Artesanais Quilombolas da Bahia de todos os Santos”A pesquisa constatou que, para o ACS, “o reconhecimento das comunidades quilombolas e os benefícios associados não são sempre distribuídos de uma forma justa porque os responsáveis por essas atribuições nem sempre conhecem bem o território”, concluiu. Ou seja, os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) os quais tratam da universalização do acesso às ações e serviços, equidade para diminuir desigualdades e integralidade das ações de promoção, prevenção e tratamento de doenças, não têm sido efetivados.

Vídeo do acervo da comunidade do Quilombo Resina, Brejo Grande-SE.


Clique aqui para saber mais acerca das ações da “Escola de Formação em Saúde Tradicional, Integral e Autocuidado com mulheres pescadoras e quilombolas”.


terça-feira, 11 de abril de 2023

CPP realiza seminário sobre “Políticas Públicas para as comunidades tradicionais quilombolas e pesqueiras”

O seminário “Políticas Públicas para as comunidades tradicionais quilombolas e pesqueiras” acontece entre os dias 11 e 13 de abril (de terça a quinta-feira), na Casa São José, no bairro de Boa Viagem, em Salvador. Iniciativa do Conselho Pastoral de Pescadores, regional Bahia e Sergipe (CPP-BA/SE), a ação tem como público-direto representações de comunidades pesqueiras e quilombolas, que estão situadas nos estados da Bahia e de Sergipe, a exemplo dos municípios de Cairu, Cachoeira, Camamu, Maragogipe, Pilão Arcado, Poço Redondo, Salvador, São Francisco do Conde, Santo Amaro, Sento Sé, Simões Filho, Taperoá, Valença, entre outros.

Durante a programação do seminário, serão debatidas ações para o fortalecimento da articulação entre os movimentos da pesca artesanal, universidades e atores sociais na efetivação de direitos. Além de promover análise da conjuntura atual para a construção de políticas públicas direcionadas às marisqueiras, pescadores artesanais e comunidades quilombolas na Bahia e em nível federal.

O CPP aposta que: “a vitória do presidente Lula apresenta-se como uma janela de possibilidade com a recriação do Ministério da Pesca que tem esboçado abertura para a participação social e neste sentido achamos importante que construamos proposições de políticas públicas e uma estratégia de incidência que garanta o avanço e o acesso das políticas públicas pelos pescadores e pescadoras artesanais e suas comunidades tradicionais pesqueiras”.

A primeira mesa sobre "Análise de Conjuntura" foi composta pelo professor Dr. Júlio César Rocha, da Faculdade de Direito da Universidade da Bahia (UFBA), por Débora Rodrigues, presidenta do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (CONSEA Bahia) e coordenadora de Programa da Associação Vida Brasil, e Antônio Marcos, que contribuiu com reflexões acerca do sistema para cadastramento do Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), conhecido por Carteira da Pesca.

Zezé Pacheco, do CPP regional Bahia e Sergipe. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.


Professor Dr. Júlio César Rocha, da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Foto: Ascom/CPP-BA/SE.


Débora Rodrigues, presidenta do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (CONSEA Bahia) e coordenadora de Programa da Associação Vida Brasil.
Foto: Ascom/CPP-BA/SE.


Antônio Marcos apresenta reflexões acerca do sistema para cadastramento do Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), conhecido por Carteira da Pesca. Foto: Ascom/CPP-BA/SE.


Programação do seminário:


11/04/2023 (terça-feira)

9h: Mística e apresentação dos participantes – Equipe Baía de Todos os Santos (BTS)
9h30: Avaliação da Conjuntura: Contexto Geral; Conjuntura das Políticas Públicas no Governo Federal; Conjuntura das Políticas Públicas no Governo Estadual; Contexto do Registro da Atividade Pesqueira (RGP)
10h40: Intervalo
10h50: Debate e considerações finais
12h30: Almoço
14h15: Trabalho de grupo
17h: Apresentação do projeto Lei da Pesca
18h: Jantar
19h: Reunião dos Movimentos de Pesca Artesanal


12/04/2023 (quarta-feira)
8h: Mística – Submédio São Francisco
8h30: Apresentação dos Grupos
9h20: Discussão em Plenário
10h45: Discussão sobre as Estratégias de incidência
12h30: Almoço e intervalo
14h: Políticas Públicas para as Comunidades Tradicionais Pesqueiras e Quilombolas, com participação de órgãos públicos.
16h15: Perguntas, respostas e considerações finais


13/04/2023 (quinta-feira)
9h30: Audiência com o legislativo sobre o Projeto de Lei
12h: Almoço
14h: Reunião acerca do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)